Há algumas diferenças entre a estamparia digital e a convencional. Elas estão relacionadas aos impactos na produtividade, rentabilidade e responsabilidade socioambiental das indústrias têxteis.
O importante é conhecer essas características para compreender qual das duas técnicas é a mais vantajosa para o seu negócio. Por isso, a seguir, comparamos ambas com o intuito de colaborar com esta seleção. Continue a leitura para conferir!
Relembre o que é estamparia!
Antes de abordarmos as principais diferenças entre estamparia digital e convencional, vale ressaltar que o que é estamparia. Esse é um processo criativo que realiza a transferência do design escolhido à peça.
Na indústria têxtil, ela é responsável por confeccionar as estampas das roupas e tecidos.
Segundo um artigo, o termo “Estamparia Têxtil” diz respeito a um sistema de produção artesanal ou industrial. O mesmo é utilizado para referenciar diferentes técnicas que transferem, repetitivamente para o tecido, desenhos coloridos ou efeitos.
Inclusive, essa é uma técnica tão antiga que nem se sabe, ao certo, quando começou. Ainda conforme o artigo, é possível que a arte da estamparia têxtil tenha origem na China ou Índia, por meio do sistema “Block Printing”.
De todo modo, essa prática fica na etapa de acabamento de toda a cadeia produtiva têxtil. E com o passar dos anos, as técnicas envolvidas passaram por transformações. O intuito aqui é garantir a evolução e a construção de produtos cada vez mais competitivos e de alta qualidade.
Essa prática pode ser manual ou digital, sendo a segunda opção a mais moderna e tecnológica. Mas, entre os tipos de estamparia podemos citar também algumas das mais conhecidas, como a sublimação e a serigrafia.
Além delas, é possível citar:
- Transfer;
- Laser;
- Estamparia rotativa, e mais.
Estamparia digital e convencional: cenário atual
Com o avanço surgem dúvidas, na indústria têxtil, quanto à estamparia digital e a convencional. Afinal, a primeira é o resultado direto da transformação tecnológica, como vimos acima.
Contudo, antes de realizar o comparativo entre as duas técnicas, é preciso reforçar o panorama do mercado de estamparia. Assim, as características terão base no contexto atual.
Podemos mencionar os dados mais recentes apontados pelo Fórum Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, apresentados pelo portal da Feira Future Print. O setor conta com mais de 429 mil negócios que imprimem, gravam e decoram. Bem como mais de 30 mil empresas gráficas e mais de 16 mil de estamparias.
Além disso, já são mais de 39 mil impressoras digitais em atividade no Brasil. Conforme a pesquisa “O Futuro da Impressão Digital Têxtil para 2023”, citado pelo portal Terra, o volume de tecidos impressos chegou a 1,16 bilhão de m².
Passando, consequentemente, o de 548 milhões de m², em 2013 a 2018. A expectativa é de que esse número tenha sido, mais uma vez, superado, em 2023, chegando a 2,7 bilhões de m².
Não é por acaso que o mercado mundial de impressão digital têxtil movimentou US$ 1,88 bilhão (cerca de R$ 10,36 bilhões) em 2018. A estimativa é de que a cifra chegue a US$ 3,75 bilhões (R$ 20,67 bilhões) em 2023.
Já a Pesquisa da Smithers Pira, mencionada em outro artigo do portal da Feira Future Print, prevê o aumento do mercado global de estamparia digital. A possibilidade é de que alcance 4,9 bilhões de euros (4,22 bilhões de libras) de 2020 até 2023, atingindo um crescimento de 11,6% ao ano.
Este breve panorama reforça o crescimento da digitalização e aponta essa técnica como grande tendência da indústria têxtil para os próximos anos.
Principais características da estamparia digital e estamparia convencional
Com os dados apontados acima, podemos abordar as principais diferenças entre estamparia digital e convencional. Destacando, assim, as grandes características de ambas técnicas.
A estamparia convencional pode ser realizada através de telas ou cilindros. A junção das duas formas gerou a estamparia rotativa, revolucionando a estamparia industrial.
Os cilindros aqui são microperfurados e gravados por imagens já determinadas, facilitando o processo em grande quantidade. Por isso, para pequenos lotes, a técnica possui um custo alto.
Entretanto, também há uma limitação de cores de impressão, demandando uma alta metragem em casos de desenvolvimento de desenhos personalizados.
A convencional (localizada ou frontal) utiliza grandes quantidades de produtos químicos, água e energia. Além disso, conta com diferentes telas para cada cor do desenho final. Da mesma forma que possui uma pasta responsável por cobrir o tecido enquanto ocorre o processo.
Já a estamparia digital utiliza a tecnologia têxtil para realizar a impressão direta. Assim como uma impressora de papel, o padrão é aplicado diretamente sobre a superfície da peça. Isso possibilita o desenvolvimento de diferentes tonalidades e formas, com alta resolução.
As estampas digitais são confeccionadas em diversos modelos de impressoras. Dessa forma, algumas etapas ou recursos, quando não eliminados, são reduzidos consideravelmente. Dentre elas:
- Laboratório de pigmentação;
- Consumo de água;
- Estoques intermediários de produtos acabados.
Ainda de acordo com dados citados pelo portal Terra, essa técnica diminui a emissão de gases poluentes e o consumo de recursos.
Para acrescentar, a pegada de carbono de um sistema de impressão rotativa convencional é de 139,56 kg de CO2eq. Em contrapartida, o sistema digital usa 85,66 kg de CO2eq. O que resulta em uma economia de quase 40%.
Vantagens e desvantagens da estamparia digital e convencional
Para complementar o tópico anterior, destacamos que há uma grande diferença entre estamparia digital e convencional. Principalmente quando o assunto é o uso de recursos naturais.
A estamparia rotativa consome, em média, 80 a 200 litros de água por quilograma de tecido. Já a digital utiliza apenas 2 litros, ainda segundo Terra. O que resulta em uma economia de cerca de 97,5%.
Contudo, cabe destacar que, na estamparia digital, em alguns casos, ainda é utilizada a lavação industrial de tecidos.
Além disso, os resíduos gerados pela convencional podem contaminar os recursos naturais com maior facilidade. Diferente da estamparia digital que possui tintas a base de água e sem componentes químicos pesados, facilitando o descarte.
A maior eficiência energética, produtividade e agilidade da estamparia digital promovem melhor desempenho no processo produtivo da indústria têxtil. E ainda, colaboram com uma produção mais sustentável e saudável devido à redução de consumo de água e energia.
Por fim, a digital não necessita da fabricação de matrizes ou cilindros. O que contribui para uma produção em pequena escala e promove maior personalização.
Apesar da possibilidade de alta produção, a convencional não garante um preço competitivo quando há poucas peças. Mas destaca-se que essa técnica viabiliza a criação de efeitos especiais, como brilhos, mesmo que alguns desenhos não alcancem a fidelidade.
Frente às características apresentadas, é necessário ter em mente a tiragem das suas impressões e seus objetivos produtivos. Somente assim será possível compreender qual das duas técnicas é a mais vantajosa para a sua indústria.
Leia também: Como ter uma marca sustentável na indústria têxtil?
Como começar a usar a estamparia digital na sua indústria têxtil?
Caso opte pela tendência da estamparia digital, é preciso, claro, apostar na aquisição de soluções tecnológicas e inteligentes. Afinal, a base da técnica diz respeito à digitalização do processo com o intuito de aprimorar a produção.
O investimento nas soluções de qualidade promove uma produção de baixo custo e com base em dados. E os equipamentos Delta Máquinas Têxteis colaboram com o processo contínuo sem afetar os gastos ou a excelência do produto final.
Para a implementação desta técnica, a Delta desenvolveu as seguintes máquinas:
- Calandra de Sublimação CTM450: realiza o trabalho em rolos ou peças cortadas, padronizando e automatizando o processo. Ela garante produtividade, qualidade e rentabilidade para os processos de termotransferências das indústrias;
- Preparadora para Impressão Digital PID100: ideal para realizar o tratamento rolo a rolo com mais agilidade, facilitando a aplicação do primer. Ela, além de promover cores vivas, alta resolução e solidez, pode ser utilizada na preparação de diferentes compostos;
- Preparadora de Malha Aberta PMA500: permite a inspeção e preparação de malha ou tecido. Ela informa, de forma prévia, dados de largura e metragem de 100% do material revisado. Eliminando, assim, uma das principais perdas do segmento de sublimação: sobra de papel impresso e consumo de corante;
- Perfuradora de Papel PAP500: promove produção em larga escala com rentabilidade. A solução reaproveita o papel sublimático, descartado na estamparia digital, para a realização do enfesto. Logo, garante uma produção ainda mais sustentável;
- Secador para impressora digital SDR100: é um acessório para impressoras digitais de variados formatos. Ele é responsável por aumentar a produtividade e a qualidade dos materiais impressos.
Leia também: Conheça as vantagens da calandra de sublimação
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