Por ser ampla e extremamente completa, é normal que surjam certas dúvidas sobre a cadeia produtiva têxtil. Principalmente quanto ao funcionamento e os elos presentes nesta rede.
Pensando nisso, reunimos neste texto, as principais informações sobre a cadeia têxtil. Além disso, destacamos alguns desafios e oportunidades enfrentados pela mesma e dicas de como garantir o crescimento neste cenário.
Continue a leitura para conferir!
O que é a cadeia produtiva têxtil e como funciona?
A cadeia produtiva têxtil nada mais é do que o termo representativo para a conexão de todos os elos de uma produção do setor.
Ou seja, começa na produção das fibras, por meio das plantações de algodão e vai até os desfiles de moda. Passando, assim, por fiações, tecelagens, beneficiadoras, confecções e varejo.
Segundo a Abit, inclusive, o Brasil é a maior Cadeia Têxtil completa do ocidente! Isto é, que conta com todos esses pontos em completo desenvolvimento no mercado interno. Sem, em um primeiro momento, a necessidade de importação. Assim, o país é autossuficiente na produção da matéria-prima até o produto final.
Portanto, a cadeia produtiva têxtil é responsável por tornar as fibras em fios, os fios em tecidos e tecidos em produtos finais. Logo, aqui, encontram-se:
- Produtores de matéria-prima;
- Indústria química;
- Indústrias têxteis e operadores;
- Fabricantes de equipamentos e máquinas têxteis;
- Fornecedores de insumos (corantes, pigmentos, etc);
- Comércio;
- Consumidor final.
Sendo, os principais elos da cadeia produtiva têxtil:
1. Matéria-prima
Essa é a primeira parte da cadeia produtiva têxtil! Ela é responsável pela produção da matéria-prima, que pode ser adquirida de basicamente duas formas:
- Extrusão de fios ou fibras;
- Produção agrícola ou animal de fibras.
No primeiro caso, refere-se ao desenvolvimento de fibras artificiais e sintéticas, por meio da indústria química.
Conforme aponta um artigo sobre o assunto, elas surgiram para suprir as necessidades de maior rapidez e menor custo de produção. Assim, diminuindo a dependência de fibras naturais em caso de crises ou escassez.
Inclusive, a mistura entre as fibras manufaturadas e as naturais é responsável por adicionar maior resistência, durabilidade, além de facilidade de tratamento e apresentação.
No entanto, no Brasil, ainda há uma maior utilização das fibras naturais, sendo estimado em 65% contra 35% das manufaturadas.
Portanto, a produção agrícola ou animal de fibras é a mais conhecida e tradicional do setor. Ela refere-se à aquisição das fibras de maneira vegetal ou animal. Sendo, inclusive, o algodão a principal matéria-prima da indústria têxtil.
2. Fiação
A fiação é o processo destinado à transformação da fibra em fios. Para isso, ocorrem os seguintes processos:
- Limpeza e abertura da matéria-prima;
- Alinhamento das fibras para formar uma manta;
- Manta é afinada e transformada em fita;
- Fita é posta na passadeira, esticada, torcida e transformada em fio.
Entretanto, ainda conforme o artigo já citado, é preciso ressaltar que a etapa de fiação, aqui no Brasil, geralmente ocorre de maneira integrada. O objetivo é otimizar o processo e garantir a atuação estratégica e competitiva da indústria.
Por exemplo, o mais comum é o processo de fiação estar diretamente ligado ao de tecelagem. Contudo, ainda é possível perceber a integração entre fiação-tecelagem-acabamento.
3. Tecelagem
Apesar da possibilidade de integrar o elo de fiação, a tecelagem resume-se ao entrelaçamento dos fios produzidos. Eles são colocados em sentidos diferentes, chamados de urdume (comprido) e trama (cruza).
A partir disso é possível fabricar, basicamente, dois tipos de tecidos: os planos e os de malha. A diferença entre eles está na forma de entrelaçamento. Por exemplo, no primeiro, a construção é regular, utilizando os dois sentidos do fio.
Já a malha é formada por fios que se interligam e garantem o apoio vertical e lateral. Sempre no mesmo sentido, semelhante ao processo de tricô.
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4. Beneficiamento
O beneficiamento já é o elo da cadeia produtiva têxtil responsável por aprimorar e agregar valor ao tecido. Esse processo proporciona a alteração das características físicas da peça para que ela possa ter usos especiais e específicos.
Mas, para isso, é realizado algumas etapas que são divididas em:
- Primária: responsável por preparar o material para o recebimento de tinta e acabamento final (pré-alvejamento). Aqui, é possível incluir escovagem, navalhagem, chamuscagem, entre outros;
- Secundária: ocorre a coloração dos tecidos, de fato. Isto é, com tingimentos reativos, pigmentos e outras técnicas. Pode ser total (tingimento) ou parcial (estamparia). E a estamparia ainda pode ser digital, essa que é uma tendência que tem crescido no setor;
- Terciária: aprimora as características do tecido. O objetivo é melhorar o brilho e o toque. Para isso, são aplicados sprays, impermeabilizantes, amaciamento, acabamento anti-chama e outros.
Aqui também são realizados testes de amostras para compreender a qualidade e estabilidade dimensional do tecido. Assim, evitando o encolhimento, os erros e os desperdícios na etapa de confecção.
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5. Confecção
Já a confecção é o elo da cadeia produtiva têxtil que transforma o fio pronto em produtos têxteis finais. Desde vestuários e calçados, passando por toalhas, decoração, lençóis, e mais.
E, de acordo com um artigo, é possível que sejam produzidos outros tipos de produtos que vão seguir para uma próxima indústria. Isto é, como a preparação de filtros de algodão e componentes para o interior de automóveis e embalagens, por exemplo.
De qualquer forma, aqui ocorre o desenho, a confecção de moldes, o encaixe, o corte e a costura da peça. Todas as atividades necessárias para transformar aquele tecido no produto final.
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6. Distribuição e comércio
Por fim, chega a fase final: a de distribuição e comércio. Ela é destinada à coleta do produto têxtil final, ao armazenamento e aos processos responsáveis por levar o item até o público final ou a indústria em questão.
Quais são os principais desafios e oportunidades da cadeia produtiva têxtil?
Como deu para perceber, o produto final de cada um desses elos é a base para a fase seguinte.
A cadeia produtiva têxtil é completamente interligada. Por isso, é necessário eliminar certas adversidades em busca do desenvolvimento completo da indústria.
Podemos destacar que os principais desafios e problemas do setor são:
- Controle do custo de produção, equilibrando mão-de-obra, matéria-prima, insumos e recursos;
- Desperdícios e perdas de materiais entre uma fase e outra;
- Controle de qualidade;
- Otimização e performance entre as atividades;
- Acompanhamento constante das mudanças de consumo.
Ao mesmo tempo em que as oportunidades envolvem a sustentabilidade, personalização, e experiência do cliente. Essas que, inclusive, são respostas ao comportamento do consumidor atual e das tendências. Até porque:
- 87% dos clientes preferem marcas que oferecem boa experiência,
- 75% dizem que empresas com práticas sustentáveis têm mais chances de conquistá-los como clientes;
- 83% das pessoas preferem consumir itens personalizados.
De todo modo, a resposta para a superação dos desafios e a conquista das oportunidades é uma só: tecnologia!
A inovação é fundamental para o alcance das necessidades dos consumidores contemporâneos. Além disso, contribui para o crescimento contínuo da indústria, colaborando com a competitividade.
A automação, por meio das máquinas têxteis inteligentes, promove alto desempenho, escalabilidade, padronização e possibilidade de uma gestão orientada por dados. E, tudo isso, gera:
- Redução de custos;
- Economia de energia;
- Aumento de segurança;
- Conservação ambiental;
- Redução de erros e maior produtividade;
- Fim do desperdício;
- Transparência nos negócios, gestão mais assertiva e maior controle de informações;
- Aumento da personalização e escala sem precedentes.
Independente do cenário, a tecnologia contribui para a eficiência dos processos produtivos da cadeia têxtil. Um equipamento moderno evita retrabalhos e, consequentemente, custos e perdas de produção.
Em resumo, máquinas inovadoras impactam diretamente na rentabilidade e performance das produção. Portanto, promovem a melhoria contínua dos produtos e serviços.
Próximo passo
A cadeia produtiva têxtil é composta por elos que se interligam. A presença de erros na etapa de fiação pode causar impactos negativos ao beneficiamento, por exemplo.
É preciso garantir a qualidade em todas as etapas para eliminar os principais desafios do setor e, assim, garantir as grandes oportunidades do mercado atual. E, como vimos, a tecnologia é a resposta para isto.
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