Se ainda não entende muito bem sobre o que é o Big Data e quais são seus benefícios, não se preocupe. Reunimos neste conteúdo, as principais informações referentes a esta tecnologia.
Então, continue a leitura e solucione, de uma vez por todas, suas dúvidas sobre o assunto.
Vamos lá?
O que é Big Data?
O Big Data é uma tecnologia proveniente da Indústria 4.0. Segundo um material da USP, o conceito refere-se ao grande volume de dados e ao correto processamento dessas informações.
Para isso, o mesmo segue o pilar dos 3 Vs. São eles:
- Volume: como sugere o nome, diz respeito a grandiosa quantidade de dados gerados por segundo;
- Variedade: corresponde à diversidade de tipos de dados. Eles podem ser categorizados e separados para garantir a adequação com a abordagem e tecnologias de gerenciamento e análise;
- Velocidade: representa a rapidez com que os dados são gerados, coletados e processados. É justamente isso que permite que as informações sejam analisadas e monitoradas em tempo real.
Esses 3 aspectos são importantes para a definição dos dados utilizados neste conceito.
Não por acaso, esses mesmos fatores são responsáveis pelas exigências quanto a ferramentas capazes de coletar, processar e armazenar essas informações, trabalhando corretamente com o volume, velocidade e variedade deles.
Aqui, é importante destacar mais um atributo quanto à variedade. Os dados, como vimos, são diversos. Por isso, eles são separados como:
- Estruturados: são aqueles fáceis de armazenar, pesquisar e processar. Afinal, são dados mais organizados, geralmente colocados em um formato específico e fixo, como planilhas;
- Semi-estruturados: refere-se àqueles mais flexíveis, sem padrões, mas que ainda seguem um certo método de processamento e análise. Aqui, tags ou chaves são usadas como identificadores, fornecendo informações sobre características e estruturas;
- Desestruturados: por fim, os desestruturados são os maiores e mais difíceis de serem analisados. Não seguem um formato específico, podendo ser texto, áudio e vídeo. Atualmente, representam a maioria dos dados disponíveis.
Leia também: Setor têxtil: por que é preciso se adequar à Indústria 4.0?
Principais aplicações do Big Data na indústria
O Big Data costuma ser aplicado nas tecnologias orientadas pela Indústria 4.0.
Aqui, essas ferramentas são capazes de oferecer uma melhor manipulação do grande volume de dados. Possibilitando, assim, escalabilidade, disponibilidade, flexibilidade e alto desempenho.
Portanto, na indústria têxtil, essas ferramentas orientadas pelo Big Data, são geralmente aplicadas em:
- Logística e transporte;
- Previsão de demanda;
- Análise de gestão;
- Controle de qualidade;
- Maquinário inteligente;
- Marketing e mídia.
Com isso, a tecnologia é capaz de transformar diferentes áreas da indústria têxtil, tornando-a mais competitiva e inovadora.
Um destaque especial às máquinas têxteis que seguem o conceito de Indústria 4.0 e Big Data.
Elas são responsáveis por apresentar dados valiosos da produção de maneira instantânea, permitindo que assegure atividades saudáveis e de qualidade.
Inclusive, elas são as principais responsáveis pelos ganhos que veremos a seguir, quanto ao uso de Big Data na indústria têxtil.
Leia também: Confecção na Indústria 4.0: Qual é o real ganho produtivo?
5 benefícios do Big Data para a indústria têxtil
Com base no que foi apresentado até aqui, reunimos, 5 benefícios do Big Data para a indústria têxtil.
Veja a lista completa!
1. Aumento da eficiência
O aumento da eficiência é uma das principais vantagens fornecidas pelo Big Data. Com a constante análise de dados é possível ter uma visão mais macro das operações industriais.
Assim, haverá a possibilidade de identificação de erros, gargalos e processos ineficientes, antes que se tornem prejudiciais à indústria. Afinal, o retrabalho é um dos grandes desafios do setor têxtil.
Entenda por “erro” tudo aquilo que atrapalha a produtividade. Ou seja:
- Defeitos dimensionais das peças;
- Problemas na fase de molde no enfesto;
- Máquinas têxteis desatualizadas;
- Alto nível de desperdício e muito mais.
Em conclusão, ferramentas orientadas pelo Big Data permitem prever cenários.
Dessa forma, toda a linha de produção se tornará mais eficiente, garantindo a produtividade, o desempenho contínuo e, consequentemente, a escalabilidade.
2. Tomada de decisão mais assertiva
Com a coleta e o processamento de dados, por meio do Big Data, a indústria se torna Data Driven. Esse é o termo designado para uma gestão orientada por dados.
Ou seja, representa uma abordagem administrativa que fundamenta as suas decisões em informações reais sobre a operação atual da indústria. Deixando, assim, a intuição e o achismo de lado.
Aqui, dados são um dos principais ativos da indústria por garantirem evidências concretas capazes de guiar ações e estratégias da administração.
E isso também é fundamental para o aumento da eficiência, como vimos no tópico anterior. Sem contar que colabora, igualmente, com a descoberta de novas oportunidades de negócios e, consequentemente, expansão da sua indústria.
3. Prevenção de falhas
Além da identificação de gargalos e problemas na linha de produção, a análise do Big Data ajuda a reconhecer risco. E, assim, desenvolver estratégias para mitigá-los. O que também é essencial para a gestão de manutenção, por exemplo.
Lembre-se que o maquinário têxtil é o principal insumo da indústria. Logo, a utilização de ferramentas orientadas pelo Big Data contribui para a conservação e preservação dos equipamentos, visando o aumento da disponibilidade deles.
E, ainda, ajuda a construir um ambiente seguro, que preza pelo bem-estar dos envolvidos nas operações industriais.
Leia também: Manutenção 4.0: o que significa na indústria?
4. Otimização de recursos
É simples! Com o aumento da eficiência e redução de retrabalhos, falhas e desperdícios, ocorre a otimização de recursos. Isso inclui: tempo, dinheiro e insumos.
A qualidade dos processos e dos resultados finais colabora com a construção de uma indústria mais saudável financeiramente.
Dessa maneira, os investimentos poderão ser alocados em áreas mais estratégicas, que ajudam no crescimento do negócio.
Não por acaso, o Big Data auxilia na competitividade e na evolução da indústria, como já havíamos mencionado.
Leia também: Redução de custos: saiba como praticar na indústria têxtil
5. Personalização e produtos inovadores
Por fim, a análise de dados, por meio do Big Data, também contribui para as previsões de mercado e melhor compreensão do comportamento dos clientes. Isso ajuda a entender demandas, tendências e exigências atuais.
Logo, facilita a customização de produtos e serviços conforme os desejos de cada consumidor final. E isso influencia diretamente no desenvolvimento de novos produtos, capazes de atrair esse público.
Inclusive, conforme uma pesquisa citada pelo portal Terra, 83% dos clientes exigem produtos ou serviços personalizados, que se adequam às suas necessidades em questões de momentos ou horas. Com isso, eles estão propensos a pagar, em média, até 25,3% a mais por eles.
Continue se aprofundando no assunto!
O Big Data é só um dos exemplos de tecnologia 4.0 que acompanhou a evolução da indústria 4.0. Se você ainda não se adaptou ao conceito, essa é a hora. Afinal, atualmente, já se fala da Indústria 5.0.
Essa fase corresponde a conexão e o relacionamento entre máquinas e humanos com o intuito de aprimorar, ainda mais, os resultados finais. Para isso, é incentivado a combinação das melhores características de cada ativo.
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