Em qualquer negócio, há fatores internos (pertinentes à empresa) e externos (relacionados ao mercado) que influenciam o desempenho organizacional. E, na busca pelo crescimento da indústria têxtil, é preciso considerá-los.
Neste momento, entre os fatores externos, pode-se apontar o contexto internacional desafiador por conta das guerras. Assim como a reforma tributária, inflação e pouco poder de consumo da população.
Além disso, a crise energética, alta no preço do transporte e a flutuação dos valores das matérias-primas preocupam o setor.
Esses são alguns dos motivos que podem atrapalhar o desenvolvimento da indústria. Para combater esses efeitos, a implantação de tecnologias, como o Big Data e maquinários modernos, deve ser priorizada.
Essa é a linha de pensamento da Indústria 4.0 que vem transformando o setor. Tudo isso graças à redução de custos, otimização de processos, integração de setores e o aumento da competitividade.
Para ajudá-lo, neste artigo apresentaremos alguns dos principais problemas de produção que atrapalham o crescimento da indústria têxtil.
Veja a seguir e boa leitura!
1. Falta de dados consolidados e precisos na indústria têxtil
Para ter um gerenciamento assertivo, as organizações da indústria têxtil precisam ser orientadas por dados. Assim, é possível deixar o “achômetro” de lado e desenvolver um processo decisório e produtivo muito mais ágil e preciso.
Ainda, com eles, haverá a possibilidade de gerar inteligência de mercado. E isso é fundamental para a adoção das melhores práticas em sua produção.
Segundo uma pesquisa, 93% das empresas brasileiras reconhecem a importância dos dados para a execução de processos. Por isso, 97% tomam decisões com base neles.
E, para que se tenha uma ideia da importância dessa tecnologia, podemos citar, também, um estudo da Mckinsey. O mesmo aponta que, até 2025, a maioria dos negócios serão orientados por dados (Data Driven). Eles serão usados para otimizar quase todos os aspectos do trabalho.
Pensando especificamente nas expectativas de crescimento da indústria têxtil, os dados se tornam fundamentais para que se enxergue os problemas. Por exemplo, o fornecimento de insumos de má qualidade, como tecidos, que geram retrabalho, perdas financeiras e de produtividade.
Ou seja, coletar, analisar e gerenciar dados são ações que fazem parte de uma estratégia assertiva para o controle de qualidade têxtil. Elas auxiliam:
- A mensuração da produtividade;
- A avaliação de tendências de mercado;
- A capacidade de investimento, entre outros.
Para isso, a indústria precisa atuar com o Big Data. Esse conceito é referente a um conjunto de técnicas, tecnologias e processos. Eles coletam, tratam e armazenam uma infinidade de dados capazes de orientar a tomada de decisão.
Todo tipo de negócio precisa lidar com um volume grande e complexo de informações internas e externas. Diante desses dados robustos, o Big Data os transforma em insights.
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2. Falta de controle de estoque
Esse é um dos problemas da indústria têxtil que, infelizmente, ainda é bastante comum. Quando não há um controle preciso e automatizado de entrada e saída de insumos do estoque, os atrasos na produção são inevitáveis. Dessa forma, afeta a qualidade final.
Para investir no crescimento da indústria têxtil, toda a organização deve funcionar de maneira integrada, sistêmica e orientada por dados.
Logo, os setores não podem ser administrados de maneira isolada. O estoque precisa estar em constante equilíbrio com o setor produtivo e de compras e, consequentemente, com o financeiro.
Muitas vezes, o produto chega na empresa ou é utilizado na produção sem estar no controle de estoque. Tal atitude, em um primeiro momento, pode parecer agilizar o processo, mas está prejudicando a dinâmica do negócio.
Sem o registro, torna-se impossível gerar um histórico que proporcione um estudo sobre sazonalidades. Não há como garantir um equilíbrio de estoque ou um estudo sobre a capacidade dele em produção. Muito menos uma atuação mais eficiente do setor de compras da empresa.
Por tudo isso, é fundamental motivar e engajar a equipe a realmente utilizar o ERP da empresa. Para, então, tomar decisões embasadas em dados e integrar o setor com as demais áreas. Gerando, assim, informações exatas e em tempo real.
Destaca-se que os dados entre setores fornecem informações importantes que agilizam e tornam o controle de estoque mais eficiente. Alguns exemplos são:
- Volume de matéria-prima e mercadoria;
- Variedade dos produtos que precisam ser comprados ou que ainda estão disponíveis;
- Classificação dos fornecedores conforme os produtos vendidos, prazos de entrega, valores e condições de pagamento.
Em resumo, manter o alinhamento entre os setores evita problemas com gargalos produtivos, dados desatualizados e falhas na comunicação.
3. Baixa produtividade do maquinário antigo atrapalha o crescimento da indústria têxtil
Por vezes, pensando em economizar, algumas empresas deixam de atualizar o parque industrial delas. Contudo, isso logo se mostra um erro que impacta quantitativa e qualitativamente a produção.
Isso porque é comum que o maquinário antigo não ofereça tecnologia que permita precisão, agilidade e qualidade nos processos têxteis. Ainda, tais máquinas, normalmente, param mais constantemente por quebra ou por exigência de manutenção. O que causa atrasos no calendário de entregas e queda significativa na produtividade.
Além de não serem eficientes e significarem um considerável custo para as manutenções, máquinas antigas aumentam o risco de acidentes.
Por isso, é necessário atuar com inspeções de qualidade sempre que os equipamentos começarem a apresentar muitas falhas. Realize o processo também quando houver repetidas necessidades de manutenções e queda da produtividade.
Para evitar a permanência desses problemas da indústria têxtil, invista em máquinas modernas, inovadoras e inteligentes!
4. Baixa produtividade do maquinário novo
Pode parecer contraditório, mas maquinário novo também pode apresentar baixa produtividade. Isso ocorre quando o equipamento não é adequado ao processo produtivo ou quando a equipe não sabe como operá-lo corretamente.
Assim, antes de adquirir novas máquinas e equipamentos, realize uma pesquisa de mercado quanto as melhores opções. Selecione as que são mais aderentes às necessidades específicas da indústria.
Para isso, é necessário estudar o que precisa ser melhorado na produção. Dessa maneira, é possível avaliar quais as funcionalidades do novo equipamento são as mais importantes para a empresa.
Afinal, existem tecnologias e máquinas muito eficientes e modernas no mercado, mas nem todas são funcionais para todos os processos.
Para evitar essa queda produtiva ao receber um novo equipamento, o treinamento precisa ser palavra de ordem. Portanto, quando a nova máquina chegar, realize capacitações e ações de sensibilização.
Com isso, os operadores ficarão mais motivados a trabalhar com o novo maquinário e saberão como utilizá-lo da maneira correta. E não se esqueça de passar as orientações da NR12 e objetivos desse investimento.
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Promova o seu crescimento por meio da produtividade!
O crescimento da indústria têxtil não está relacionado somente com o cenário econômico, apesar de esse ser um fator primário. É preciso considerar, também, a capacidade de adequação às novas tecnologias e implantação do conceito de indústria 4.0.
Ainda, deve-se refletir (e investir) sobre a gestão orientada por dados, a redução de custos e o aumento da qualidade. A capacidade competitiva também precisa ser ponderada para elevar o seu faturamento.
E na sua empresa, você ainda identifica mais problemas que atrapalham a produtividade? Então, baixe agora o nosso infográfico e saiba como resolver os principais gargalos de produção!