As tendências do setor têxtil para o próximo ano podem ser resumidas em três palavras: sustentabilidade, tecnologia e bem-estar. Conhecê-las é fundamental para construir um bom planejamento orçamentário para o próximo ano, e começar a investir em soluções inovadoras.
Para te ajudar a garantir destaque mercadológico, listamos as principais tendências da indústria têxtil para 2023. Confira!
Quais são as tendências do setor têxtil para 2023?
As tendências do setor têxtil para 2023 acompanham as alterações do comportamento do consumidor e das transformações do mercado. Afinal, nesta indústria, as mudanças quanto ao consumo, insumos e economia impactam diretamente no resultado das produções.
Dessa forma, é preciso compreender, em um primeiro momento, o contexto atual para avaliar as tendências e, portanto, começar a investir nelas.
Por isso, aqui se faz necessário ressaltar que o Brasil, segundo a Abit, é a maior Cadeia Têxtil completa do ocidente! Isso porque, o país tem desde a produção das fibras, como plantação de algodão, até os desfiles de moda. Passando por fiações, tecelagens, beneficiadoras, confecções e forte varejo.
Isso demonstra a importância do setor têxtil para a economia brasileira. Acrescenta-se o fato de que, somente as exportações, geraram US$ 1,06 bilhão em 2021.
O investimento no mercado têxtil, apenas em 2020, chegou a R$ 4,5 bilhões! O que resultou em um volume de produção de 1,91 milhões de toneladas!
Já o faturamento da cadeia têxtil e de confecção, no mesmo ano, chegou a R$161 bilhões. Com mais de 24,6 mil unidades produtivas formais em todo o país!
A expectativa é de que esses números continuem crescendo conforme o avanço da aplicação de tecnologias e soluções inovadoras. Até porque, analisando exclusivamente algodão para 2023, a projeção da ABRAPA é de que a produção chegue a 3,1 milhões de toneladas!
Por fim, é importante ressaltar as mudanças de comportamento do consumidor. Lembre-se que ele passou pelo período pandêmico. Ou seja, atualmente, ele está preocupado com a experiência, encantamento, sustentabilidade, conforto e tecnologia.
Essas foram as lições dos últimos dois anos. A expectativa é de que em 2023, ele esteja cada vez mais exigente quanto a estes atributos. A WGSN ainda prevê a permanência dessas características até 2024.
Bem-estar
Diante do cenário atual apresentado, é possível afirmar que o bem-estar é uma das principais preocupações e tendências do setor têxtil em 2023.
Ainda de acordo com a WGSN, os pesquisadores que focam no estudo dos efeitos pós-traumáticos afirmam que as pessoas podem desenvolver sentimentos positivos até mesmo, e principalmente, em momentos difíceis.
Aqui é determinante entender como os eventos são processados. Atualmente, a expectativa é de que o consumidor passe, até 2024, por um otimismo realista. Isso porque, as pessoas estão sobrecarregadas pela cultura da superação.
Para melhor exemplificar este comportamento: mais de 20 bilhões de pessoas assistiram a vídeos com a hashtag #selfcare no TikTok. Além disso, há mais de 60 milhões de postagens #selfcare no Instagram, segundo WGSN.
E com o aumento do custo de vida e nas pressões em torno da sustentabilidade, os consumidores estarão interessados, gradativamente, nos produtos, serviços e ambientes que colaboram com a busca pelo cuidado próprio, dos outros e de seus pertences.
A WGSN chama esse movimento de “Economia do cuidado”. O conceito influencia nas repercussões em diferentes segmentos, como na indústria da moda, no design de interiores e na beleza.
Por isso, aqui, os produtos têxteis, precisarão ser responsáveis, tecnológicos e capazes de despertar emoções nos consumidores.
Cabe destacar o apontamento da WGSN, para o mercado global de “bem-estar”. Ele está avaliado em mais de US $1,5 trilhão e com expectativa de crescimento anual de 5 a 10%.
Isto é, abra-se a oportunidade para produção e comercialização de produtos que atendam às necessidades de cuidado não apenas na esfera física, como também emocional.
Sustentabilidade e tecidos tecnológicos
Seguindo a lógica da tendência apresentada anteriormente, não há como deixar de comentar a força da sustentabilidade. Até porque, a expectativa é de que essa se torne uma preocupação cada vez mais potente entre a sociedade, mercado têxtil e consumidor.
A WGSN aponta que a Geração Z é a que mais está atenta a este assunto. Essa é a geração dona de um poder de compra estimado, atualmente, em US $4,4 trilhões. Ou seja, eles estão caminhando para se tornarem o maior grupo ativo economicamente nos próximos anos.
Por isso, o mercado têxtil tem se preocupado em desenvolver novas tecnologias para rever os grandes impactos causados pelo setor no meio ambiente. Ao mesmo tempo em que atende a demanda dos consumidores preocupados com este assunto.
A Textile Technology afirma que uma das tendências da indústria têxtil, até 2032, são as fibras ópticas, metais e vários polímeros condutores que realizarão a interação com o meio ambiente.
Isto é, esses tecidos inteligentes são capazes de detectar e reagir a variações de estímulos físicos, como fontes mecânicas, químicas, térmicas e elétricas.
Além deles, podemos citar o desenvolvimento de fibras naturais e de bambu, roupas orgânicas, poliéster reciclável, fios provenientes de garrafas PET e as demais soluções que contribuem para a eliminação do desperdício e bom uso dos recursos naturais.
Tudo isso tem sido desenvolvido e fomentado devido à crescente inclinação das empresas em se concentrarem na reestruturação de seus negócios para investirem em práticas de fabricação com foco na sustentabilidade.
Sentidos aprimorados
As tendências do setor têxtil estão todas conectadas por meio da tecnologia, sustentabilidade e bem-estar! Comprovando essa afirmação, a WGSN, citada pela GBL Jeans, afirma que a cor do ano de 2023 é a Digital Lavender.
É um lilás suave que associa a serenidade, realizando um contraponto com as cores mais saturadas e intensas dos ambientes digitais. Ou seja, isso demonstra que o comportamento e o consumo estarão interligados diretamente com a vida tecnológica.
A Versi Têxtil, também cita outras análises da WGSN para abordar as tendências da moda no próximo ano. As soluções deste setor também fazem referência a tecnologia, natureza e toque. Afinal, o consumidor pós-pandemia deseja sentir tudo que foi impedido de sentir durante os últimos anos. E isso inclui tecidos em relevo, por exemplo.
Além disso, revestimentos brilhantes, com texturas de peles de animais e aplicações diferenciadas também são tendências. O objetivo é desenvolver um desejo hipnotizante das superfícies.
Acrescenta-se a esta lista o folheado, patinado, holográfico, gravações em laser, micro teceduras, lã tingida com resíduos, e construções artesanais e manuais, como crochê e macramê. Todos eles remetem a natureza, sustentabilidade e consumo consciente.
Impressão digital
Por fim, uma das principais tendências da indústria têxtil será a impressão digital. Segundo a Economia de SC, essa tecnologia chegou para mudar o cenário do setor!
Tudo começou com a oscilação da economia mundial que afetou os preços dos insumos. Como, por exemplo, a alta no valor do algodão que passou de R$4,7434 para R$ 7,0261, gerando um aumento de 48,12%.
Não só este material sofreu oscilações, mas como também o viscose, poliéster e elastanos. E é nesse contexto que a impressão digital tem se consolidado como uma opção mais rentável para o setor devido ao seu bom custo-benefício.
A expectativa é que esta técnica permaneça e se desenvolva gradativamente. Isso se dá ao fato de que ela não gera desperdício de tinta e tecido, e ainda garante uma produção mais ágil e de valor agregado. Portanto, a projeção é que a impressão digital movimente US$ 3,75 bilhões até 2023.
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