A depreciação de máquinas é um processo que afeta todos os ativos de uma indústria, sem exceção. Por isso, os negócios do setor têxtil devem entender como calculá-lo para otimizar recursos e melhor planejar seus investimentos.
Pensando nisso, reunimos as principais informações sobre essa característica, além de dicas valiosas para mensurá-la e reduzir seus impactos. Continue a leitura para descobrir todos os detalhes!Vamos lá?
O que é depreciação de máquinas?
Primeiro é preciso entender que a depreciação de máquinas é algo inevitável. Afinal, é uma característica que aborda a redução do valor do equipamento por meio de uso, desgaste, obsolescência e demais fatores.
Sendo assim, com o uso contínuo, é natural que o maquinário perca eficiência ao longo do tempo ou se torne desatualizado devido à evolução acelerada das tecnologias têxteis.
Calcular essa depreciação é importante para entender como distribuir o custo de aquisição da máquina ao longo de sua vida útil estimada, garantindo que ainda seja vantajosa e rentável.
Além disso, é possível usar no cálculo de impostos, já que a depreciação acelerada pode ser reduzida no lucro tributável. Esse caso envolve a mensuração da perda nos primeiros anos de vida útil do equipamento, para reduzir o impacto financeiro logo no início.
Portanto, acompanhar essa característica é indispensável para uma gestão financeira mais eficiente e saudável. Afinal, a partir desse resultado será possível alocar adequadamente os recursos.
Mas, acima de tudo, essa ferramenta estratégica é importante para:
- Ajustar os preços de venda de produtos e serviços, preservando a margem de lucro;
- Garantir a precisão em avaliações patrimoniais e demais processos de negociação;
- Melhorar o fluxo de caixa;
- Gestão da vida útil do maquinário;
Construção de um planejamento de manutenção eficiente.
Como calcular?
Por ser um resultado importante, que avalia diferentes fatores, o cálculo de depreciação de máquinas pode ser realizado com base em diferentes métodos.
Neste conteúdo, vamos listar 3 exemplos, mencionados por um artigo sobre o tema.
Veja a seguir quais são!
1. Depreciação linear
A depreciação linear é o método mais conhecido. Isso porque aqui, o valor é o mesmo a cada período, que geralmente é anual. Portanto, é o mais simples e descomplicado de se calcular.
Para isso, basta seguir a fórmula: DL= (Vn – Vr) / N.
Nesse caso, considere:
- DL: Depreciação linear;
- Vn: Valor do ativo novo;
- Vr: Valor residual;
- N: Vida útil estimada (em anos).
Por exemplo, imagine que a sua indústria comprou uma máquina para indústria têxtil por R$50.000. Para o valor residual, após 10 anos de uso, é estimado R$5.000. Sendo, então:
- DL = (50.000 – 5.000) / 10;
- DL = 45.000 / 10;
- DL = 4.500.
Isso significa que, a cada ano, o valor da máquina diminuirá R$4.500.
2. Depreciação de Cole (soma de dígitos)
Já o método de depreciação de máquina por soma de dígitos, ou Cole, entende que o valor do bem decresce (depreciação acelerada), com esse número sendo maior nos primeiros anos.
Para realizar o cálculo basta fazer: DC= (Vn – Vr) x [2 x (N – t + 1)] / N x (N + 1).
Mas antes, entenda que:
- DC: Depreciação Cole anual;
- Vn: Valor do ativo novo;
- Vr: Valor residual;
- N: Vida útil estimada;
- t: Idade atual da máquina.
Vamos usar as mesmas informações do exemplo anterior, compreendendo que o objetivo é calcular a depreciação no 3º ano. Nesse sentido, a conta ficará:
- DC = (50.000 – 5.000) × [2 × (10 – 3 + 1)] / 10 × (10 + 1);
- DC = 45.000 × [2 × (8)] / 10 × 11;
- DC = 45.000 × 16 / 110;
- DC = 720.000 / 110;
- DC = R$6.545,45.
3. Depreciação por porcentagem constante
Por fim, a metodologia de depreciação por porcentagem constante considera que o valor da perda vai diminuindo à medida que a máquina tende à obsolescência. Sendo, também, sempre maior nos primeiros anos.
Para esse caso a fórmula é: T + n√ Vr / Vn.
Aqui, assim como nos anteriores:
- Vn: Valor do ativo novo;
- Vr: Valor residual;
- N: Vida útil estimada (como potência da raiz);
- T: Taxa de depreciação em %.
Ainda com base nos mesmos valore usados nos exemplos acima, a conta ficaria:
- T = 10√ 5.000/ 50.000;
- T = 10√ 0,1;
- T = 0,794%;
- T = 79,4%.
Ou seja, no primeiro ano a máquina perde 79,4% do seu valor.
Leia também: Manutenção Centrada na Confiabilidade (MCC): vantagens e como aplicar
Como reduzir a depreciação de máquinas?
Apesar de ser um processo inevitável, é possível reduzir os impactos da depreciação de máquinas, prolongando a vida útil delas.
A primeira e mais precisa estratégia para alcançar esse resultado é a manutenção preventiva. Ou seja, inspeções regulares, lubrificação adequada, calibração, monitoramento e diagnóstico constante, por exemplo, ajudam a manter o bom funcionamento do equipamento.
Com essas ações será possível retardar o desgaste e diminuir a necessidade de substituições. Por consequência, também haverá redução de custos adicionais e de falhas graves.
Além disso, é importante treinar a equipe para operarem o maquinário de maneira adequada, garantindo um funcionamento leve e sem sobrecargas.
E deve-se investir em máquinas têxteis com tecnologia de ponta. Afinal, equipamentos modernos tendem a resultar em uma taxa de depreciação mais baixa ao longo do tempo.
Dessa forma, seus materiais serão de alta qualidade, promovendo durabilidade e vida longa ao mesmo.
Otimize suas ações de manutenção!
Calcular a depreciação das máquinas é essencial para a saúde financeira da indústria têxtil.
Embora a depreciação seja natural, práticas de manutenção de máquinas industriais e investimentos em equipamentos modernos podem reduzir seus impactos.
Então, aproveite este momento para entender como construir um Planejamento e Controle de Manutenção (PCM) e, assim, melhorar a gestão dos seus ativos.
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