Se você ainda não oferece a personalização em massa em sua confecção, está na hora de começar a pensar a respeito. A personalização em massa já é uma realidade que está sendo utilizada como estratégia para se antecipar às necessidades dos consumidores e se destacar dos concorrentes. Neste artigo você compreenderá como ela funciona e quais são seus impactos na indústria têxtil. Confira!
As mudanças no comportamento do consumidor
Há um tempo, o designer era responsável por projetar as roupas para outras pessoas. Apesar de haver estudos e pesquisas sobre as tendências do mercado, as peças eram pensadas para grupos de pessoas e vendidas em massa.
Neste mesmo período, o consumidor precisava ir atrás das empresas e o poder de escolha estava nas mãos delas. Agora, com o acesso às tecnologias, o comportamento do consumidor mudou. Ele tem acesso a diversas informações sobre as empresas e pode realizar pesquisas em alguns cliques para decidir onde comprar.
Uma das exigências que têm sido percebidas é a personalização dos produtos. Ele quer experiências diferentes, quer se sentir único. As empresas que investem nessa estratégia tendem a se diferenciar das demais.
Para se ter uma noção, de acordo com o relatório anual de 2018 da Connected Shoppers, elaborado pela Salesforce, 75% dos entrevistados brasileiros afirmaram que aceitariam compartilhar suas preferências e dados pessoais para obter produtos e serviços mais personalizados. Além disso, 80% informaram que gostam de receber recomendações baseadas em seu histórico de compras.
Grandes empresas já estão investindo nessas estratégias. A Nike, por exemplo, disponibiliza um espaço virtual em que os clientes podem customizar as cores dos produtos, o NikeiD. Embora ainda não esteja disponível no site brasileiro, é apenas uma questão de tempo.
Apesar de parecer inovador, na verdade a personalização já era utilizada como estratégia de competitividade. A Levi’s foi uma precursora da indústria da moda e nos anos 90 tinha um programa (Personal Pair), em que as calças femininas eram feitas sob medida.
As vendedoras tiravam as medidas das clientes, inseriam no sistema da loja e após duas semanas a cliente recebia a peça personalizada. No entanto, agora essa personalização vai muito além. Em um futuro próximo, será normal que o consumidor tenha o poder de escolher entre três tipos de personalização: estilo, dimensões e tamanhos, funcionalidade e design do produto.
Tecnologias que auxiliam no processo da personalização em massa
Quem pensa que a personalização em massa só é possível para grandes empresas que contam com um alto valor para investimento, está enganado. Apesar de ter a necessidade de um valor investido para a aplicação das soluções que possibilitam a personalização, ele não é tão absurdo, além de proporcionar um ROI alto, fazendo com que o custo retorne em pouco tempo.
Existem diversas técnicas de personalização em massa que podem ser aplicadas no setor da moda. Abaixo listamos algumas.
Impressão 3D
A impressão 3D ocorre por meio da impressão de diversas camadas, reduzindo os custos de montagem e de matéria-prima. Por meio dela, é possível produzir em larga escala e personalizar projetos por meio de um arquivo digital.
Modelagem 3D
A técnica de criação de objetos em três dimensões utilizando programas de computadores específicos permite que sejam criados diversos tipos de tecidos, combinando e até misturando texturas, algumas em 3D, para compor novos modelos.
Máquinas automatizadas
As máquinas automatizadas resolvem problemas de fabricação e facilitam a personalização em massa, uma vez que o fabricante consegue coletar dados e saber o desejo do seu público-alvo para produzir as peças de acordo com essas informações.
Além disso, elas conseguem evitar desperdícios, aumentar a produtividade e ainda contribuir para a sustentabilidade, reduzindo a emissão de resíduos tóxicos.
Impactos na indústria da moda
A adoção de estratégias como a personalização em massa é uma prova de que as empresas estão cada vez mais focadas no cliente e, para isso, desenvolvem estratégias que os beneficiem. O benefício obtido é o diferencial competitivo, bem como a satisfação dos clientes pela disponibilização de produtos diferenciados, o que aumenta as vendas.
Por outro lado, há ainda o ganho por meio da economia proporcionada pela adoção de equipamentos mais tecnológicos que são capazes de realizar de forma autônoma atividades como a manutenção preventiva.
Para conferir mais a respeito das inovações possíveis na indústria têxtil e manter-se atualizado na área, leia também este artigo sobre o futuro da Indústria Têxtil na Era 4.0: com Robson Wanka!