Indústria da moda e meio ambiente são assuntos que parecem distantes, porém estão cada vez mais próximos atualmente.
Isso porque a preocupação do mercado e dos consumidores com o consumo consciente só aumenta em todos os setores, incluindo o têxtil.
Desta forma, é importante rever os processos e estratégias, para minimizar os impactos ambientais e criar soluções sustentáveis, que atendam às demandas.
Se esta já era uma discussão bastante popular antes da pandemia, ganhou ainda mais força nos últimos meses.
Isso porque pesquisas comprovam que o momento intensificou o interesse pelo consumo consciente nas decisões de compra da sociedade em geral.
Por isso, neste conteúdo, listamos informações que comprovam como esta transformação impacta a indústria da moda e meio ambiente.
Acompanhe o que preparamos para você se atualizar sobre o cenário e trabalhar com operações alinhadas a esta realidade ao fazer a empresa avançar!
Indústria da moda e meio ambiente: qual a relação?
Existem muitos estudos comprovando o quanto a sociedade atual se preocupa com o consumo consciente.
Em levantamento da Accenture, compartilhado pelo portal “EcoDebate”, estão alguns resultados sobre como a pandemia intensificou esta demanda:
Neste sentido, não podemos excluir esta preocupação dos consumidores ao abordar a relação da indústria da moda e meio ambiente. Isso porque, hoje já existem muitas tecnologias e recursos para isso.
Logo, o conceito de “Fast Fashion”, onde são criadas roupas de baixa qualidade e durabilidade, está ficando para trás. Em conteúdo do grupo PET, de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma-se que marcas despejam cerca de 80 bilhões de peças de vestuário por ano.
Porém, com a revisão de hábitos e estilos de vida, esta realidade vem mudando. E o ciclo produtivo deve considerar não só o descarte das peças, como também pontos que otimizem a fabricação sustentável.
Vale lembrar que, conforme também apresentado pelo grupo PET da UFBA, a geração dos resíduos têxteis representa 175 mil toneladas ao ano, porém, somente 36 mil toneladas são reaproveitadas.
Os primeiros passos para esta transformação já estão acontecendo na indústria da moda nacional. Um exemplo está nos avanços observados no polo de confecção de produtos têxteis e vestuário do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Em matéria do “NSC Total”, é mostrado o quanto este mercado aproveita o momento de crise da pandemia para mudar o mix de produto, ajustar atendimentos e até buscar mais sustentabilidade nos processos neste momento de retomada.
Prova disso está nos resultados de aumento de 23,7% na confecção de artigos de vestuário e acessórios na atividade industrial de Santa Catarina em janeiro, como também crescimento de 19,7% na fabricação de produtos têxteis neste período, em comparação a 2020.
Os grandes nomes do país já estão investindo na indústria da moda e no meio ambiente
Vale lembrar que, conforme observado em matéria da Revista Exame, a indústria da moda ainda é responsável por mais emissão de carbono que o transporte aéreo e marítimo juntos. Estes dados são baseados em informações compartilhadas pela ONU (Organização das Nações Unidas).
É por isso que grandes marcas do setor seguem investindo em tecnologias que possam reduzir o impacto ambiental.
A C&A, por exemplo, tem sido um grande exemplo do mercado brasileiro. A empresa já foi reconhecida com o primeiro lugar no Índice de Transparência da Moda do Fashion Revolution por três vezes.
E a Farm, tem buscado investimentos em jeans sustentável, bem como a valorização de escolhas sustentáveis desde o algodão até a lavanderia. A marca ainda tem investido no reflorestamento ambiental e promete plantar 1mil mudas ao dia em 2021 para zerar as emissões de carbono.
A moda do ESG
Você está atento ao ESG? Esta sigla define as práticas das empresas em relação ao meio ambiente, responsabilidade social e governança.
Por isso, cada vez mais os negócios estão atentos a iniciativas sustentáveis, incluindo a indústria da moda. Mas, esta decisão da gestão ocorre não só por uma questão de demanda dos consumidores ou mercado.
É porque o ESG hoje é um indicador bastante valorizado entre investidores. Ou seja: quanto melhor o seu ESG, mais chances de atrair novas oportunidades e expandir a lucratividade, até mesmo em tempos de crise.
Estes pilares são valorizados pois existe a crença de que as empresas com boas práticas neste sentido têm uma probabilidade menor de riscos e prejuízos devido a disputas legais, como queixas trabalhistas, danos ambientais, ou ainda fraudes.
Para completar, com estas decisões elas acabam despertando a fidelização entre consumidores que valorizam estas pautas. E uma vez que o ESG impacta na decisão de compra, reflete em um melhor faturamento da empresa.
“O ESG é um filtro que vai ajudar as pessoas a tomarem decisões sobre consumo e investimentos. Quem não tiver isso em mente será cada vez mais cobrado pela sociedade”, declarou George Wachsmann, gestor de patrimônio da Vitreo, em reportagem especial sobre o assunto realizada pelo UOL Economia.
Ainda segundo a reportagem do UOL Economia, ainda não existe no Brasil uma auditoria que certifique que a empresa é ou não ESG. Entretanto, sua autodeclaração deve ser comprovada com relatórios socioambientais e informações que justifiquem a presença destes princípios em suas ações.
4 dicas para tornar a confecção mais sustentável
Você sabe como tornar sua confecção mais sustentável? Nós podemos te ajudar nisso! Listamos aqui dicas compartilhadas pelo evento Febratex Summit (Feira Brasileira para a Indústria Têxtil) sobre o assunto.
São orientações baseadas na experiência do especialista Miguel Pedrosa Rodrigues, de Portugal, que na ocasião levantou os principais pilares que a gestão da indústria da moda deve considerar nesta transformação.
- Para começar, a sustentabilidade deve fazer parte das estratégias e da cultura da empresa. Neste sentido, a liderança precisa estar engajada em se comprometer a atender esta necessidade.
- A otimização da operação é outro fator relevante nesta mudança. Para isso, invista em modernização de processos e tecnologias.
- O modelo de negócio da empresa precisa considerar a redução de impactos ao meio ambiente também em pontos como design, pesquisa e desenvolvimento, logística, muito além do corte e confecção.
- Adotar soluções para redução da pegada ambiental da empresa e uso consciente de recursos naturais é fundamental, bem como considerar a reciclagem e reaproveitamento em todas as etapas da fabricação.
Com estas dicas, fica mais fácil visualizar o que deve ser feito para alinhar a indústria da moda e o meio ambiente nas estratégias produtivas. Entretanto, vale lembrar que a atualização constante é fundamental para fazer esta estratégia dar certo.
Segundo a Revista Têxtil, a tecnologia 4.0 já é usada para monitoramento do processo produtivo por 70% das 80 indústrias ouvidas em um estudo da Allonda Ambiental.
Para completar, 38% das empresas de serviços e 24% das empresas de infraestrutura que participaram da pesquisa têm na automação uma aliada essencial neste caminho. Esta é a realidade do seu negócio?
A tecnologia como aliada da indústria da moda e meio ambiente
Nós também já explicamos aqui no blog como fazer a transição para uma produção mais eficiente e sustentável na indústria da moda. Nesta ocasião, lembramos da importância de adquirir equipamentos alinhados ao conceito 4.0, da quarta Revolução Industrial.
Isso porque estas tecnologias auxiliam na redução do desperdício, enquanto permitem maior economia para a indústria. Veja algumas inovações do nosso portfólio que atendem às demandas sustentáveis:
Ao adotar estas tecnologias na produção, é possível obter vantagens como:
- Economia de matéria-prima e redução de desperdícios, otimizando o controle de qualidade;
- Melhor controle do ROI (Retorno Sobre Investimento) e possibilidade de criação de estratégias que refletem na rentabilidade;
- Melhora da reputação da marca e aumento da competitividade.
Vale lembrar que hoje, na indústria da moda do Brasil, um dos maiores desafios é superar a cultura de muitos empresários que costumam ser mais relutantes em buscar novas informações e otimizações para a infraestrutura de seus negócios.
Logo, sabemos que trocar equipamentos e atualizar processos não é uma tarefa fácil. Entrentato, com planejamento e tambpem com organização, este objetivo torna-se possível. Portanto, considerar este investimento em ativos que beneficiam o meio ambiente na fabricação têxtil pode trazer excelentes retornos e o crescimento sustentável.
Então, se você deseja descobrir mais sobre como a inovação e tecnologia ajudam na gestão da indústria da moda e meio ambiente, baixe agora o nosso infográfico “Inovação Têxtil”.
Pois o conteúdo traz mais informações sobre como as soluções 4.0 garantem a produtividade na confecção, alinhadas às demandas sustentáveis. E se ficou com dúvidas, não deixe de entrar em contato com nossa equipe!