As fábricas inteligentes são o resultado da Indústria 4.0. Com os avanços tecnológicos esse conceito passa a ter o intuito de otimizar os processos e integrar as informações. Para a indústria têxtil, por possuir alta demanda, as vantagens podem ser o diferencial para tornar o negócio ainda mais competitivo.
Por isso, nesse conteúdo vamos abordar o modelo Smart Factory, as tecnologias e os benefícios por trás da automação. Confira!
O que é uma fábrica inteligente?
Fábricas inteligentes (ou Smart Factory) é o resultado direto do conceito de Indústria 4.0. Isso porque a quarta geração industrial explica a relação do homem com a máquina e aborda o uso da tecnologia como principal ferramenta para otimizar a produção no setor, aumentar a produtividade e automatizar a indústria.
Apesar da Indústria 5.0 já ser um conceito discutido, a quarta geração ainda está muito presente, já que esse foi o primeiro momento em que a tecnologia entrou de vez como uma ferramenta importante para as fábricas. Contudo, vale destacar que a personalização, uma característica importante da quinta geração, só é possível graças ao desenvolvimento das Smart Factories.
Por consequência, as fábricas inteligentes são indústrias com um alto nível de digitalização que facilitam a coleta de dados e informações, por meio dos dispositivos tecnológicos. Esse sistema valoriza a otimização como solução para trazer inovação, desenvolver melhores respostas para problemas e atender as novas demandas. Aqui, o objetivo é trazer mais produtividade, qualidade e flexibilidade ao serviço.
De acordo com o estudo Smart factories at scale, essa é uma forma de operação que tem ganhado notoriedade. O documento aponta para a informação de quase 70% dos fabricantes que estão em busca de iniciativas de fábricas inteligentes.
O estudo também afirma que “fábricas inteligentes têm potencial para adicionar entre US$ 1,5 trilhão a US$ 2,2 trilhões anualmente, até 2023”.
Essas expectativas só reforçam a ideia de que a automação por meio da digitalização estará, cada vez mais, presente nos processos fabris, tendo em vista a fertilidade do cenário e a necessidade de atender as demandas do consumidor final.
Como funciona na prática?
Para colocar esse conceito em prática na sua indústria é preciso adaptar o seu negócio às características desse modelo. Aqui, o principal objetivo é realizar um redesenho da sua linha de produção para inserir as ferramentas e máquinas tecnológicas.
De todo modo, as principais características são:
- Flexibilidade das instalações;
- Agilidade na produção;
- Processos mais eficientes e seguros;
- Tomada de decisão com base em dados;
- Soluções inteligentes.
A dica é fazer a adaptação aos poucos. Há quatro níveis que cercam esse conceito. E em cada passo, é possível acrescentar mudanças para tornar o seu negócio inteligente. São eles:
1 Dados disponíveis
Esse é o nível que contempla a maioria das fábricas. Isso porque, esse é o estágio referente a acessibilidade dos dados. Nesse cenário você tem as informações, mas elas não são integradas e, consequentemente, estão espalhadas em diferentes canais e documentos.
Aqui, o trabalho manual da coleta de dados ainda é muito presente, o que atrapalha a produtividade e a eficiência dos processos.
2 Dados acessíveis
Esse já corresponde a integração dos dados, em que todas as informações já foram coletadas e unificadas em um único local para facilitar a acessibilidade por todos os profissionais responsáveis.
Nesta etapa ocorre uma classificação e estruturação dos dados para facilitar a visualização, a análise e a criação de estratégia com o auxílio da digitalização. Da mesma forma que os indicadores e relatórios são gerados e administrados com o apoio da tecnologia.
3 Dados ativos
Esse é, de fato, o momento em que as tecnologias passam a ser essenciais, depois da escalada da fase anterior. Por meio da inteligência artificial e o machine learning, as máquinas podem gerar ideias e identificar problemas e gargalos, além de prever falhas e erros.
4 Dados orientados para ações
Essa é a fase em que as máquinas já são capazes de resolver problemas encontrados na etapa anterior. A conexão entre as máquinas permite as alterações sem a intervenção humana.
A ideia nesse último nível é tornar as suas máquinas autônomas. Contudo, ainda haverá a necessidade de alto número de dados para que ocorra, em etapas cada vez mais profundas, o machine learning. Por isso, ainda há a necessidade de monitoração humana.
Quais são as tecnologias utilizadas?
Como a questão central do conceito por trás das Smart Factories é a digitalização, logo é preciso entender as principais tecnologias que facilitam a aplicação desse sistema.
Inteligência artificial
A inteligência artificial é o principal conceito nesse modelo. Isso porque essa é uma tecnologia herdada da Indústria 4.0 com o intuito de utilizá-la em softwares, dispositivos e máquinas para estimular a semelhança da capacidade humana de raciocínio.
É por meio dessa inteligência que ocorre o machine learning (aprendizado da máquina), fazendo com que os equipamentos consigam tomar decisões e solucionar os problemas.
Vale destacar que a inteligência artificial pode ser aplicada na robótica para integrar e performar ainda mais.
Internet das coisas (IoT)
A Internet das Coisas (Internet of Things) é a tecnologia que conecta todos os dispositivos e máquinas por meio da rede. É assim que ocorre a troca de informação e a integração dos dados.
Em resumo, esse é o momento em que acontece o sistema ciber físico. Isso quer dizer que a operação vai integrar computação, comunicação e controle com a ajuda de processos em redes e físicos.
Big Data
O Big Data é o conceito por trás da coleta e produção de uma grande quantidade de dados por segundo. É com essa possibilidade que ocorre a análise dessas informações para melhorar a eficiência dos processos. Essa é a principal maneira de otimizar a produção.
Computação na nuvem
Essa quantidade de dados precisa estar em algum lugar de fácil acesso. E é assim que surge o conceito de computação na nuvem, que é a capacidade de armazenamento dessas informações.
Esse é um dos principais passos para a digitalização das etapas, tendo em vista que não haverá mais arquivos físicos, somente o digital.
E com tanta informação na nuvem é preciso investir em cibersegurança para evitar ataques e ameaças. Aqui, é utilizado hardwares e softwares com esse objetivo.
Robôs autônomos
O uso da robótica está conectado à Inteligência Artificial. Os robôs são os responsáveis pela automação das atividades, fazendo com que seja necessário o uso humano somente para o gerenciamento e a monitoração.
Contudo, mesmo havendo a possibilidade de torná-los colaborativos, o intuito é exercer a autonomia das máquinas para aumentar a produtividade.
Manufatura digital e aditiva
A manufatura digital é a integração, por computador. Aqui ocorre as simulações, visualização 3D com ajuda da realidade aumentada, análises e definição de processos de manufatura. Tudo de maneira digital e com ferramentas de colaboração.
Já a aditiva está relacionada a fabricação de peças por meio de um desenho digital. Ou seja, aqui acontece o uso de software de modelagem 3D para a fabricação delas com o auxílio de uma impressora tridimensional.
Benefícios para a indústria têxtil
A indústria têxtil é um mercado constantemente atento às inovações tecnológicas para melhorar as etapas de produção e assim atender a alta demanda do consumidor. Então, esse sistema tende a facilitar ainda mais as etapas da linha de produção.
Dessa maneira, confira a seguir os benefícios para as fábricas têxteis:
- Redução de desperdícios de matéria-prima;
- Moldes feitos por softwares;
- Processo de corte automatizado;
- Eficiência operacional;
- Redução do retrabalho;
- Gerenciamento por coleção;
- Aumento da lucratividade;
Invista em inovação e tecnologia
O conceito de fábricas inteligentes aborda a importância de apostar em inovação e tecnologia para aprimorar a produção, aumentar a produtividade e ter mais competitividade no mercado.
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